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10 de abr. de 2007

verdades das prefundas brotam simples da essência íntima do âmago do ser uno

a coisa abaixo necessita alguma explicação, para não ficar ininteligível e, por conseguinte, sacal. certa vez, pilotando seu laptop modorrento pelo amplo universo, naquele laptop que não tem tecla de ponto de interrogação, resolvera bedelhar sem maiores pudores em comentários extensos e inverossímeis. logo, 1- onde se lê (pi) compreenda-se um ponto de interrogação; 2- onde se lê (forca) é para imprimir o texto e brincar de jogo da forca, e 3- o garçon é um tipo que, como a brincadeira da forca, apareceu nos comments do AmplUniverso. desenxabidamente, aquele tipo desagradável não parava de oferecer vinhos aos convivas nos momentos mais inoportunos. impertinente, roubava a atenção de toda a cena, merecendo o fim que teve aqui. para compreensão mais ampla, clara, sistematizada e coerente, situável dentro dos limites do razoável, adequado e digno, favor recorrer ao AU.
depois do exercício de bedelhamento acima descrito, achou que era melhor (o garçon? a ratazana-peluda-em-si? o eu de profundis escritor? bem, acho que isso não vem mesmo ao caso) passar a escrever em primeira pessoa, em seu próprio blog, tão abandonado que estava aquele. certificou-se de que estava na hora (12:37) para tanto, não duvidou nem mesmo por um cabelímetro e mandou bala.

desolado com o que acreditava ser uma total falta de inspiração, gênio, criatividade, idéia e coisas que o valessem, ele ficou algum tempo sem escrever em seu blog. foi quando se lembrou que aquele recurso à terceira pessoa, ainda que gasto, poderia ainda lhe proporcinar algum conforto para a escrita:
afinal, isso não era tudo. como bem vislumbarara em algum blog antigo, isso era só uma parte. a outra ficava trancada a sete chaves. qual seria o resultado de tudo aquilo(pi). será que ele chegaria a bom termo, supervidente apaziguador(pi). deveria ele juntar o pedaço trancado a sete chaves com o outro, publicável? entretido com raciocínios dquela ordem, algo me fez crer que não. não deveria. afinal, não pertencia à categoria dos sistemáticos, uma vez que nem sua birutice o convencia. que bobagem ter deletado aqueles blogs... mesmo que tenha tido o cuidado de transformá-los em pdf, isso não significava nada. eles haviam virado, no dizer de joão cabral, palavra em situação dicionária. perderam, arrematando esse palavrório, o sentido.
perguntava-se agora: que lugar é necessário para escrever(pi). um lugar confotável ou um lugar desconfotável(pi). como o garçon, optava sempre pela segunda, intrometendo-se onde não era chamado. nada melhor que os comments para essa prática. dizia isso pois acabara de escrever mil linhas de comments no amplo universo.
quando vou fazer alguma coisa eu começo a fazer ou me pergunto o que vou fazer(pi). enquanto pergunto não estou fazendo a coisa. afinal, é tudo questão de gênio, humor volátil, chatices administradas, inspirações de verdades prefundas, mais uma vez ao estilo do garçon.
não sabia se deveria ficar feliz ou não com tal estado de coisas. o garçon verborrágico era meio histérico, mas lhe proporcionava um bom espelho. se o demitisse, seu eu verdadeiro ficaria incompleto. mas, num momento de estranha lucidez, resolveu parar de pesquisar e foi para a cachoeira linda: havia mais coisas no universo do que sua vã consciência _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ (forca).
ainda assim estava gostando, se permitindo temporariamente, brincar com aquilo. sabia que um dia apagaria também este blog. para sua felicidade _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ (forca).
o garçon, coitado, estava amuado num canto, diminuído de si e de sua impertinência. voltou para o quartinho escuro para tentar raciocinar e obter certezas. 1+1(pi). 2. 2+2(pi). 4. estava sabendo tudo direitinho. mas isso não resolvia nada. precisava ser assassinado.