é com uma alegria tão profunda. é uma tal aleluia. aleluia, grito eu, aleluia que se funde com o mais escuro uivo humao da dor de separação mas é grito de felicidade diabólica. porque ninguém me prende mais. continuo com capacidade de raciocínio - já estudei matemática que é a loucura do raciocínio - mas agora quero o plasma - quero me alimentar diretamente da placenta. tenho um pouco de medo: medo ainda de me entregar pois o próximo instante é o desconhecido. o próximo instante é feito por mim? ou se faz sozinho? fazemo-lo juntos com a respiração. e com uma desenvoltura de toureiro na arena (clarice - água viva).
mas desenvoltura como essa, clarice, não é para qualquer um. honestidade intelectual é aporia. mais simples seria ficar por aí inventando identidadezinhas, para mim, para os outros e para as coisas em geral.
todavia,
gosto da expressão - coisas em geral. eu dentre elas. como numa sopa infinita. todos ardendo no fogo do inferno. queimadinhos de radioatividade (a. rorô).
num instante quero ser um que se autoriza a si mesmo.
inventa limites e acredita neles.
noutro pode ser diferente: