encastelados na glória do que foi, nada fazem porque, em seu mundo, tudo já foi feito. imobilizaram-se na eternidade dos modelos, em que a vida se preserva canhestramente na morte. toda inovação lhes parece sedição.
os heróis, os verdadeiros, são estes, os que ousam o passo original, não os festejados em verso. sem estirpe, sem o favor do passado, arriscam a pele ao desferir golpes não prescritos, não consagrados por nenhuma tradição. quem nada recebeu, nada carrega: move braços, livres e leves. sem transgressões a água estagna em poços. a exploração do inexplorado demanda parricídio.
esse é meu sobrinho e afilhado bê, na guarda do embaú/sc.
