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19 de mai. de 2008

quando me submeti à juventude

eu tinha que ser aprendiz

aos poucos começo a fazer as pazes com os primeiros fios de cabelo branco na barba.


 

quando eu tinha que ser aprendiz

eu era neném: todo vazio: precisava aprender tudo.

aos poucos volto a valorizar o que já vivi.


 

quando vi que meu mundo não era aquele

(como eu ansiei por que fosse....

como eu sofri por não ser....

como me martirizei...)

doeu como dói em alguém a quem se diz que o prazo terminou.


 

mas tem que morrer mesmo – e quanto mais rápido melhor:


 

me lembrei de que gostava do que já vivi

que me dava muito prazer lembrar das coisas que me moldaram o otávio de hoje.

gostava de ter passado por tudo o que passei

gostava de me achar um homem de musculatura forte e bem articulada.