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1 de jun. de 2007

quem


frases pequeninas, mal se agüentando em pé.
acho que talvez quase por isso mesmo,
grávidas.
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quem QUEM quiser? - responder a isso é cruel, pois todos os caminhos retornam a roma, capital do mundo, de onde nunca saio, independentemente de quaisquer movimentos aos quais me submeta.
aliás, cada frase racha, e de dentro dela saem coisas que nos fazem esquecer nossos propósitos. a repartição de atualização de propósitos andará sobrecarregada, até que explode. todas as ligações da trama se rompem, viajam para onde bem lhes interessa, se é que saem do lugar mas, ainda assim, não deixam (pois não têm como) deixar de viajar. meu poder de regência esfiapa.
tentando voltar a ser razoável, releio, e retomo (ouço "ombra", narcótica, que me põe para querer):
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gostaria de ter lido na placa: não escolho quem amo, e também escolho. tem que ter as duas coisas: o dispor-se a ser objeto do amor do outro, e também investir nele. as duas coisas, ao mesmo tempo. senão, fica no reino da realidade concreta, que é igualzinho ao do ideal: tudo reificado. mas aí também tem as duas coisas: o rio, as tramas desentrelaçadas, as viagens, o filme que passa diante de olhos passivos, e também o desejo que me põe, de dentro para fora, a caminhar.