natal delícia

uma das coisas que a gente aprende para morrer é a ficar só. Não digo aqui 'sozinho', pois quero evitar mergulhar numa solidão infantil. se é para ficar só, que eu arrume um jeito para ficar bem. e o quanto desse poder eu tenho? o quanto devo ficar insistindo em me impor a felicidade? talvez, também, o resto da vida. talvez eu me torne um ser moribundo, acinzentado, cheio de manias, tiques, medos, mas talvez não. acho mesmo que o melhor é eu parar de me impor qualquer coisa, e ver o desfile de mim diante de meus olhos. mas ver com alguma distância, que é para, ao mesmo tempo, fazer a roda girar.