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15 de jul. de 2008

alguém pode optar por não ser nem conceber a própria tal da existência como se essa fosse imersa no mundo do ser, mas que essa tivesse a possibilidade de ser vivida deoutro modo. o mundo do ser, de quem quer saber como o mundo é, como quem analisa retratos imobilizados do processo de criação (isso é aquilo; aquiloutro é mais alguma outra coisa, e assim em diante: as coisas NÃO PODEM ser o que quiserem: eu pontifico o que elas são e ponto final), mas através imagens de mundo que preferem vê-lo como algo que tem alguma tangência com o mundo do devir, que se interessa pelos impulsos, pelas mudanças, pelo caos que se instala quando abre-se o espaço onde aquilo que o autor não é pode fazer parte integrante de seu ser, se é que esses conceitos sobrevivem à essa avalanche do Outro sobre aquilo que supunham, até então, ser.

Essa é uma pergunta que o autor de um trabalho de projeto arquitetônico pode fazer a si. Não quero dizer que eles têm feito isso ou precisem fazer isso, mas tão-somente que essa possibilidade existe.