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6 de set. de 2008

Então estava vivendo aquela vida de nômade. Fixava-se em alguns tipos e, quando menos estava esperando, já se via imitando-os. Imitava apenas aqueles de quem gostava. Imitava aqueles que queria ser quando crescesse. Imitava-os para sê-los. E ficava pensando sobre aquilo: convencer-se-ia de que era assim mesmo que deveria fazer? Muito cedo se descobriu sem o amparo do método. Ainda que estudasse muito e lesse livros, para esse mal não encontrava recursos. Ao mesmo tempo em que nadava em uma piscina de gasolina em chamas, não via nenhuma razão para fazer coisa diferente. Era uma verdadeira enrascada. Ser sem método não era uma escolha. Era uma condição, e para piorar as coisas, achava que era uma condição geral de todos.